quinta-feira, 19 de julho de 2012

Cegar ou Não ver? Qual escolher?

Como eu gostava que a vida fosse uma bolha de oxigénio não venenoso onde eu pudesse viver.
Seria o meu mundo perfeito. A paisagem seria um paraíso, o cheiro seria de incenso, as cores estariam no seu auge, a harmonia abraçava toda a ilusão e a ilusão abraçar-me-ia num manto sem crueldade e frieza nata dos humanos que vivem neste mundo.
Mas a bolha rebenta a cada pestanejar meu, tudo o que vejo desaparece para se tornar na fria e escura vida real. É difícil permanecer durante muito tempo sem fazer o movimento mecânico dos olhos, mesmo que me fosse possível não fazê-lo acabaria cego e a beleza mais uma vez iria desaparecer permanentemente.
O drama está instalado na mente, a mente fica perdida num pensamento cru, o pensamento agarra-se a uma verdade esborratada, a verdade desmaia e dor juntasse a ela.
Temos de fazer escolhas para poder viver. Mas qual será a melhor para nós? CEGAR apenas para vermos o sonho durante um período mais longo, ou NÃO VER o sonho nunca mais e permanecermos acordados para novos sonhos momentâneos?
Até agora decidi não ver mais os sonhos que tinha. Mas agora sinto-me dividido, pestanejar ou manter-me firme e cegar com o tempo?
O novo sonho que agora vejo é simplesmente a perfeição de tudo o que para mim significa isso mesmo. Mas por mais que me foque nele, uma parte dele se torna transparente e mostra o novo sonho a distância de um acto mecânico e egoísta.


E mais uma vez a pergunta mantêm-se: CEGAR ou NÃO VER?




A escolha foi feita, agora terei apenas de esperar pela consequência. 

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